domingo, 17 de maio de 2015

o corpo atravessado pelo tempo
frida atravessada pelo bonde
a música repleta de silêncio
o dentro mais que fora: dentrolonge
o tigre que devora william blake
a jaula de onde rilke não escapa
o dedo de mefisto na palavra
o brilho de corisco entre os dentes
o grito refletido na moldura
as costas de miguel naquele andaime
o doce que se esconde na cicuta
o inferno que ilumina a voz de dante
o dente da serpente em plena fruta
e tudo agora nada neste instante

Carlos Moreira
via Facebook

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