Agora o teu corpo é sacudido por
pesadelos. Você já não é
o mesmo: que amou,
que se arriscou.
Você já não é o mesmo, embora amanhã talvez
tudo se desvaneça
como um sonho ruim e você comece
de novo. Talvez
amanhã comece de novo.
E o suor, e o frio,
os detetives erráticos,
sejam como um sonho.
Não desanime.
Agora você treme,
mas talvez
amanhã comece de novo.
Roberto Bolaño,
em A universidade desconhecida
Tradução de Laura Erber
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